segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O Conceito da Vida

Olá pessoal, como primeiro texto para esse Blogg resolvo colocar alguns os conceitos Celtas sobre como eles viam certas coisas na vida.
Um dos sábios conceitos Celtas, que deve ser profundamente apreciado e vivido, é o de que o tempo sempre está e estará a seu favor, lhe oferecendo oportunidades que, muitas vezes, precisam ser entendidas em alguns segundos, mas que podem transformar qualquer coisa. Por isso, é necessário sempre estar atento, analisando e captando o sentido dos acontecimentos, que são sempre formas de aprendizado. Problemas, situações negativas, carregam lições de vida que devem ser compreendidas.
Na sociedade urbana moderna, onde estamos sempre atribulados e escravizados pelo tempo, é difícil encontrar uma oportunidade de meditar ao pôr-do-sol, sentir o brilho da lua, perceber o movimento das folhas das árvores que dançam com a vontade dos ventos, ou a doçura das águas que correm no leito dos rios.
As vezes, nos sentimos infelizes porque as pessoas de que gostamos não se importam da maneira que esperamos. Se nos magoam, ficamos profundamente tristes, porque nos esquecemos de que a felicidade só vem de nosso interior e não depende dos outros. A melhor forma de encontrar a felicidade é aprender a viver em harmonia com a criação que nos cerca. Essa foi, a maior lição que o povo celta nos transmitiu.

Com responsabilidade e respeito, podemos acessar o Outro Mundo, os planos superiores. John O'Donohue nos coloca, que o mundo eterno e o mundo mortal se fundem e retrata isto numa frase em gaélico "fighte fuaighte", entrelaçados em e através um do outro.
O Outro Mundo, com sua carga de mistérios, está em nosso interior. Toda pessoa possui dentro de si uma chama, uma alma. O que acontece é que o ser humano não a percebe, por medo de si mesmo, de seu universo inconsciente. A única coisa a fazer é perceber o que há e sempre existiu dentro de si mesmo: a alma. Ela está e é, independente do fato da crença em sua existência. É com ela que percebemos, sentimos e somos. É preciso entender, reconhecer, que a nossa alma nos da acolhimento e calor. Cada problema, cada situação difícil, cada "doença", contém uma benção para a cura e a liberdade. Não é difícil perceber isso em nosso cotidiano. O nosso maior inimigo, muitas vezes, é o medo que temos diante do desconhecido ou de imprevistos.
Os celtas estavam, sempre, em estado de vigilância apaixonada sobre os Sinal da terra, o que os ligava, facilmente, ao Outro Mundo. Procure estar sempre voltado à sua própria natureza, à sua própria essência. Não tenha medo de si mesmo. Responda ao chamado de seu próprio mistério. Todo ser humano possui beleza divina, que fica por muito tempo diluída numa rotina cotidiana e mecânica. Quando nos isolamos, podemos entender quem realmente somos dentro do universo, na grande teia da vida. Assim, conseguimos perceber as medidas, dimensões exatas do que nos cerca: emoções, trabalho, amigos, família, aspirações.
O tempo passa e somos obrigados a seguir normas, condutas e, até mesmo, pensamentos sobre a vida. Nossas atitudes, muitas vezes, são mecânicas e nos tornamos, simplesmente, mais um num grande rebanho. Apenas mais um ser que segue o fluxo de tudo.
Algumas coisas estão tão endurecidas e cristalizadas em nosso ser, que não conseguimos perceber o que somos de verdade, o nosso interior. Quando nos tornamos receptíveis e flexíveis acabamos com a autopunição e a autocrítica. As almas são diferentes. Cada um tem a sua história pessoal e individual. Tentar percorrer os mesmos caminhos que os outros percorrem, ou fazer o que os outros fizeram ou fazem, sem consciência ou prazer, é trair sua individualidade, sua alma.

Cada pessoa possui um destino. Quem é você? Quais são os seus medos?
O isolamento, o encontro com a nossa individualidade, nos capacita a descer de nossas montanhas, abrir nossas portas e nos reunir com outras pessoas e interiores de cada um, sem receio de rejeição. O primeiro passo, o portal do Outro Mundo está no conhecimento de si próprio, em viver em contado com os desejos e o calor de sua própria alma. Procure percorrer o seu próprio caminho, abrir sua própria trilha. A nossa viagem pela vida é a realização de algo que nunca existira na terra, antes de nosso nascimento, a descoberta de sua própria potencialidade.

- Postado por Sidhe Adharc

Nenhum comentário:

Postar um comentário